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Apesar da redução da bancada na eleição deste ano, o PT continuará sendo o partido com o maior número de vereadores na Câmara do Recife. Foram eleitos cinco parlamentares petistas - depois dele, o PTB e o PHS elegeram mais candidatos, quatro cada um. Por isso, o presidente estadual do PT, Jorge Perez, defende que a presidência da Casa seja mantida com a legenda. Atualmente, o cargo é ocupado pelo vereador Josenildo Sinésio e, antes dele, ficou sob o comando do hoje presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes (antiga EMTU), Dilson Peixoto, ambos do PT.
"É legítima a reivindicação do partido em ter a presidência", declara Perez. Para ele, é preciso manter a força da legenda no poder legislativo. Perez ressalta que a construção da mesa diretora dependerá da união do PT. "Ela será fundamental para ter uma proposta de composição da mesa diretora bem aceita pelas siglas aliadas", acrescenta. O prefeito eleito João da Costa (PT) contou com o apoio de 16 partidos na disputa pelo governo municipal e a escolha da mesa diretora dependerá da negociação do PT com os aliados.
A tese de João da Costa é de que a eleição da mesa diretora em 2009 respeite a proporcionalidade das bancadas, um critério que foi adotado nas últimas legislaturas e que beneficia o PT. "Mas isso é uma posição partidária e não de governo. Não é regimental também, é de construção política", opina. Ele afirma que o partido deve trabalhar para manter a presidência da Câmara na próxima legislatura. O prefeito eleito disse que a direção do PT e a bancada vão conversar sobre o assunto. Ele próprio agendará uma reunião com os vereadores eleitos da base aliada. A presidente municipal do PT, Karla Menezes, no entanto, é mais cautelosa. "Não estamos discutindo isso ainda. Faremos uma reunião para elaborar a estratégia do partido para a legislatura nos próximos dias", justifica.
A preocupação de Jorge Perez é de que o PT recifense não repita o caso da eleição de Severino Cavalcanti (PP)como presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O então deputado federal foi alçado à presidência, em 2005, e entre as causas da vitória dele está um racha dos deputados federais petistas. "Precisamos ter unidade interna e construir uma proposta unitária com os demais partidos", reforça. Questionado por que falava em união nesse momento pós eleitoral, Perez respondeu em tom de brincadeira: "O PT é craque em união e desunião".

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