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Dos 727 candidatos que se inscreveram para a disputa eleitoral no Recife, 123 tiveram as candidaturas impugnadas, 17% do total. Todos são postulantes à Câmara de Vereadores. Os dados foram disponibilizados ontem pela Justiça Eleitoral. Entre os partidos e coligações, o PSDB teve o maior número de impugnados, 16, seguido pela coligação Avança Recife (PMN/PRB) e pelo PHS, ambos com 14, e a Frente Trabalhista do Recife (PR/PRTB/PTN), com 13. Apesar de não citar números da eleição de 2004, o juiz da 9ª zona eleitoral do Recife, Jorge Américo Pereira, responsável pelo registro das candidaturas, considerou o índice alto.
Dos 123 impugnados, 56 já estão fora da disputa porque não recorreram da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os outros 67 entraram com recurso para tentar se manter na disputa. A grande maioria dos indeferimentos ocorreu porque os candidatos não juntaram aos pedidos de registro documentos obrigatórios para o deferimento da candidatura, como certidão de antecedentes criminais ou prova da quitação eleitoral. Caso do árbitro de futebol Wílson Souza (DEM), que apresentou sua quitação eleitoral fora do prazo.
Da relação, há apenas um caso de indeferimento porque o candidato foi rejeitado em convenção partidária: o do vereador João Alberto (PSDB), que tenta reverter a decisão no TRE para tentar a reeleição. Há três casos de impugnação por maus antecedentes. Um deles é o do ex-policial Francivaldo dos Santos Lima, que foi afastado da função duas vezes e é acusado por oito assassinatos. Outros seis indeferimentos são por contas rejeitadas no TCEs, caso do ex-secretário municipal do Recife Paulo Dantas (PCdoB).
Dos 727 inscritos, 10 renunciaram à candidatura, mesmo aptos à disputa. Entre eles, o vereador Elediak Cordeiro, conhecido como Cordeiro de Deus (PRB), que desistiu de tentar a reeleição. O prazo para os juízes eleitorais julgarem as impugnações se encerrou no último dia 16. Cabe agora ao TRE apreciar os recursos e decidir quem continua na disputa.

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